Descrição
Acompanha suporte em ferro na cor preta para instalação na parede. A opção como tampo de mesa não acompanha os pés e, neste caso, é aconselhável proteger o grafismo com uma camada de verniz.
O objeto conhecido como Iyapu Hejétãi na língua Waurá, configura-se como uma peça de argila do tipo rasa, circular e com as bordas levemente elevadas, destinadas a torrar beiju. Manufaturada de acordo com o processo de elaboração da cerâmica, o tacho passou pelos procedimentos de modelagem, secagem, raspagem, lixamento, alisamento e queima. A peça apresenta os seus motivos gráficos e ornamentais, conhecidos como Kulupienê Pala Palala, Weri Weri; entre os Waurá, da seguinte forma a face externa inteiramente ornamentada de motivos geométricos, tingidos de pigmento negro e urucum sobre o fundo natural. Na face interna, motivos geométricos diversos, tingidos de negro, por sobre o fundo natural.
A cerâmica Waurá é a mais elaborada classe de artefatos do sistema de objetos do Alto Xingu, seus tipos variam desde minúsculas panelinhas até peças com 120 cm de diâmetro. É comum encontrarmos a representação de animais, aves, peixes, elementos folclóricos em peças decorativas ou nos utensílios domésticos, sendo que ambas são carregadas de significados nas cores (corantes naturais), formato, desenhos, texturas, sinais resultantes da queima, etc …
Conta o povo Waurá que, há muito tempo, todos os tipos de artefatos cerâmicos chegaram navegando e cantando sobre o dorso de uma grande cobra-canoa chamada Kamalu Hai. Nessa ocasião, a cobra ofereceu-lhes a visão primordial desses artefatos, o que consequentemente lhe conferiu o conhecimento exclusivo sobre a arte oleira da cobra-canoa. Além disso, antes de ir embora, Kamalu Hai defecou enormes depósitos de argila ao longo do médio e baixo rio Batovi, para que os Waura pudessem fazer sua própria cerâmica.
Pela tradição, são as mulheres que trabalham o barro com o qual são produzidas os potes, pratos e panelas que possuem diversos tamanhos e formatos. A pintura das peças é feita com jenipapo (preto) e urucum (vermelho), pigmentos naturais que também são usados para a pintura corporal e de cestaria.
Atualmente a cerâmica tem um peso extraordinário na manutenção econômica para aquisição de bens industrializados.
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