Descrição
A arte de trançar fibras vegetais é uma herança indígena presente em várias regiões brasileiras. No povoado de Santa Maria, os artesãos trançam a fibra da palmeira do buriti, palmeira nativa que cresce em áreas ribeirinhas.
No processo de extração, retira-se o olho do buriti, que é a folha mais nova e se encontra no centro, na parte mais alta da palmeira. A fibra é então desfiada até chegar ao linho que é a parte mais nobre da folha. O linho é tingido com uso de corantes naturais, a partir de folhas da região, e depois é colocado para secar na sombra.
Quando secos, são organizados em novelos, para então serem trançados, se transformando em esteiras, almofadas, jogos americanos, sacolas, carteiras e bolsas.
O artesanato de buriti no Maranhão está presente principalmente em grupos de produção familiar, sendo majoritariamente feminino.
O grupo de produção de Santa Maria nasceu no final de 2007, tendo como principal motivação a articulação conjunta, como estratégia para melhorar a produtividade. Sendo assim, as artesãs que antes trabalhavam de forma isolada, passaram a contar com o apoio técnico de instituições do Estado, tendo acesso a diferentes capacitações, cursos e consultorias que trouxeram facilidades e importantes informações sobre produção e consumo.
Os produtos que eram, em grande parte, para o consumo local, se expandiram para outros espaços, chegando aos mercados nacional e até internacional.
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