Descrição
70 cm incluindo a alça.
O trabalho da fibra do buriti é uma herança indígena que se tornou uma prática transmitida entre gerações pelas comunidades locais. A árvore nativa do Brasil, sempre foi muito valorizada pelos povos tradicionais que a batizaram de “árvore da vida”. Isso porque da palmeira que alcança de 20 a 30 metros tudo se aproveita – folhas, talos, frutos e sementes. Com a fibra vegetal retirada das folhas, o grupo tece bolsas, chapéus, caminhos de mesa, jogos americanos, e outros objetos de decoração.
O processo de extração é trabalhoso. É necessário ir até os buritizais, que crescem indicando nascentes de água e subir até o alto do tronco para realizar o corte do olho.(folha mais nova que se encontra no centro, na parte mais alta da palmeira). A fibra é então desfiada até chegar no linho, que é a parte mais nobre da folha.
O tingimento com corantes naturais provenientes da flora local, como cascas, folhas, frutos e raízes, é feito fervendo-se o linho junto ao extrato das plantas. A cinza é utilizada para a fixação da cor.
Quando secos, o linho é organizado em novelos, e trabalhado com pontos de macramê como estrela, brilhante, canelinha e batido formando bolsas, carteiras, esteiras e chapéus.
O artesanato com a fibra de buriti é uma das principais fontes de renda da região Barreirinhas, um dos municípios de acesso aos Lençóis Maranhenses. Sua produção que envolve centenas de famílias e é herança dos povos indígenas que foi sendo aprimorada de geração em geração. Há quase vinte anos o trabalho manual com a fibra vem recebendo atenção especial de órgãos como SEBRAE e PAB, que perceberam o potencial de geração de renda e melhoria na qualidade de vida. Dessa forma, vem-se trabalhando não só a técnica, mas também os meios de aquisição da fibra, focados no manejo sustentável para conservar os valiosos buritizais.
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