Manjedoura Alto do Moura – 9 ø x 8 cm

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Descrição

Mais de sessenta anos após a morte de mestre Vitalino (1909-1963), o filho, os netos e até os bisnetos do ceramista, famoso mundialmente, lutam para manter viva a tradição em Caruaru. Na Casa Museu Mestre Vitalino, a memória é preservada e o trabalho, passado de geração para geração.

Vitalino ganhou reconhecimento no cenário artístico internacional ao inovar na forma de manusear o barro. O diferencial da arte dele está na forma como conseguiu traduzir o cotidiano em suas obras. Cada uma de suas peças era inspirada em costumes nordestinos como a vaquejada, o violeiro, os retirantes e as lavadeiras, por exemplo.

Desde a morte do artesão, em 1963, a família decidiu continuar com a produção das peças artesanais. Em 1971, o local em que o ceramista morava foi tombado, vitrando um espaço que mostra o acervo para as peças e ferramentas utilizadas por ele. O local é aberto ao público e a visitação pode ser feita diariamente

Além de Severino, netos e bisnetos de Vitalino também produzem peças de barro e dão sequência ao trabalho artesanal. Elias Rodrigues dos Santos, neto do ceramista, sobrevive da renda adquirida por meio da comercialização dos objetos. “Há períodos em que vendemos muito bem. Distribuímos as peças na Feira de Artesanato e até em outras cidades da região.”

Segundo ele, não há entre os netos a intenção de parar de produzir as peças. “Nascemos vendo os nossos irmãos mais velhos fazendo os bonecos, aprendemos também e passamos a fazer, não tem como parar de uma hora para outra, a gente costuma brincar sempre que isso vem de sangue.”

Como a regra é seguir o talento cultural, nada mais natural que os bisnetos de Vitalino também já estejam envolvidos com a arte. Um dos mais novos, de 6 anos, já se arrisca na modelagem. O filho do ceramista conta que ver o interesse de todos o deixa muito feliz porque sabe que não há risco de ver a herança deixada por seu pai acabar.

“Enquanto viver, não vou permitir que tentem apagar a história que ele começou a escrever. É uma arte que não pode morrer. Continuarei trabalhando para fortalecer e preservar tudo, e espero que meus filhos façam o mesmo quando eu não existir mais. Ver meus netos mexendo com o barro me dá a certeza de que com os mais velhos morrendo os mais novos assumirão. Digo sempre a eles que só a natureza poderá destruir o que meu pai deixou, mais ninguém.”

Informação adicional

Peso 0,3 kg
Dimensões 9 × 9 × 8 cm

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