Descrição
Célio Terêncio é da etnia Baré, do ato do Rio Negro, falante da língua Nheengatu. Vivia com a família em uma comunidade indígena de 5 famílias, em Santa Isabel do Rio Negro, a mais ou menos 72 horas de distância de barco de Manaus, capital do estado do Amazonas.
Na década de 1990, toda a sua família partiu em busca de melhores condições de vida, como acesso à assistência médica e educação. Nessa busca, moraram um tempo em Manaus, até que conheceram a comunidade no Rio Cuieiras que mais tarde foi batizada como Nova Esperança, em 1996.
Célio trabalha com madeiras de reaproveitamento, tombadas pela ação do tempo. Ele mesmo coleta troncos e galhos, além de madeiras de antigas embarcações. Nelas, entalha arraias, botos, peixes-boi, peixe pirarucu, entre outros animais.
As arraias e os bancos de arraias se tornaram as peças mais procuradas, desde 2014, quando foi finalista do concurso promovido pelo Museu A Casa, de São Paulo. Em seguida, em 2016, foi um dos vencedores do Concurso Top 100 do Artesanato Brasileiro.
As arraias são encontradas no rio Cuieiras, na época da seca do rio, que vai de setembro a janeiro. Nessa época, podem ser vistas nas águas rasas das praias da região. A maior inspiração de Célio está na própria floresta e em toda a riqueza de sua fauna e flora. A pintura que realiza é inspirada nos grafismos típicos da etnia Baré.
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