Descrição
Dentro do município de Buíque (PE), o distrito do Catimbau destaca-se por guardar o segundo maior parque arqueológico do Brasil. Dentro do Vale, pinturas da tradição nordeste datam entre 8 e 10 mil anos, e da tradição agreste datam de aproximadamente 2 mil anos. Essas pinturas foram realizadas por povos caçadores e coletores que habitavam e usavam as regiões rochosas como abrigo, reafirmando a ancestralidade do território.
Nesse ambiente de caatinga, aquíferos, pinturas rupestres, terras indígenas e tradições quilombolas, surge a cultura do entalhe em madeira adotada por diversos artesãos e famílias na região do Sítio Igrejinha, cerca de 9 km do centro do Catimbau, na zona rural.
Mestre Zé Bezerra iniciou seu trabalho como artesão já adulto e conta que recebeu uma mensagem em sonho, de uma figura com um manto que disse que ele viveria das matas. No dia seguinte saiu para caminhar na caatinga e resgatar troncos e galhos de madeiras, transformando a matéria-prima morta em obras cheias de vida.
Junto a ele, companheira e filhos também se entregaram ao ofício. Zé percebeu que através do artesanato e da música era possível atrair os turistas que visitavam o Vale do Catimbau e decidiu se dedicar ao ofício com afinco.
Seguiu também ao pé da letra o sentido mais profundo da palavra “mestre”, compartilhando todo seu conhecimento com amigos e conhecidos da região. Foi assim que ensinou e formou mestres como Luiz Benício, José Cícero e vários outros artesãos que atualmente se dedicam ao entalhe em madeira.
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