Descrição
Os Baniwa fazem parte de um complexo cultural de 22 povos indígenas diferentes, que vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos rionegrinos de S. Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM).
Há mais de 2000 anos, os índios Baniwa trançam com fibra de arumã uma sofisticada cestaria, famosa por seus grafismos peculiares.
O arumã é uma espécie de cana, cresce em regiões semi-alagadas e é utilizado por povos indígenas amazônicos na produção de variados objetos como bolsas, balaios, urutus, peneiras e jarros.
A confecção de uma peça inicia já na colheita. Na mata selecionam somente as hastes em bom estado, realizam a primeira raspagem para retirada da casca verde. O tingimento é feito com cinza, que confere a cor preta, e urucum, o avermelhado. Os tons são fixados com sumo de cumati.
Após o tingimento, o arumã ainda precisa ser desfibrado e aberto em hastes mais finas para o trançado. Para cada peça são utilizadas de 150 a 200 talas que são trançadas formando padrões dos mais diversos. Hoje são conhecidos mais de 20 diferentes desenhos, as chamadas sílabas gráficas.
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